PT: Versão Portuguesa ENG: English Version
Queridos
Leitores/ Dear Readers,
PT: Uma vez que publiquei um excerto
de Amor Ingénuo, decidi fazer o mesmo para o meu segundo livro O Outro Lado deAmar. Encontrei a imagem perfeita (não é minha) para este pequeno excerto. Espero
que gostem.
ENG: Once I published here na excerpt of Amor Ingénuo, I
decided to do the same with my second book O Outro Lado de Amar. I found the
perfect image (which is not mine) to this little excerpt. Again, due to publish
rights I cannot translate, but feel free to translate with google translator.
Enjoy it.
(…)
Para: Romeo
Enviado a: domingo, 20 de novembro de 2011 01:37
Preciso que me venhas buscar.
Agora, por favor.
Apesar de uma vozinha insistir que eu pedisse uma
garrafa de água, voltei a pedir uma vodka. Olhei para o grupo de raparigas com
quem o Guilherme e o Matias dançavam animados, alheios à pequena descoberta
entre a Sílvia e o Vasco.
Peguei na minha bebida e voltei para junto da Sam, do
Gabriel e do Samuel.
- Meu, eu nunca os vi juntos. Hoje foi a primeira vez –
comentou o Samuel.
- Onde está a Virgínia? – perguntei.
- Decidiu ir atrás deles – disse a Sam confusa. – Ela
acha que o Vasco a afastou daqui para não haver confusão entre nós.
Nesse momento, a Virgínia chegou.
- Talvez eu estivesse enganada. – Fez um esgar. –
Estavam na entrada a discutir. Viram-me e a Sílvia arrastou o Vasco na direção
da casa de banho.
- Mas eles…beijaram-se? – perguntou a Sam.
- Porque é que estas tão interessada? – perguntou o
Gabriel, intrigado.
- Estou curiosa.
- Não, eles não se beijaram e o Vasco estava furioso.
Foi só isso que eu vi.
Eu e a Sam trocamos um olhar. Ambas colocamos as nossas
palhinhas da bebida na boca.
O meu telemóvel vibrou na minha mão.
De: Romeo
Enviado a: domingo, 20 de novembro de 2011 01:42
O que é que aconteceu?
Alguém tocou-te?
Senti uma tontura e ri-me. Percebera tudo mal.
Para: Romeo
Enviado a: domingo,20 de novembro de 2011 01:44
Preciso de ti!
Por favor, vem.
Precisava de alguém que não soubesse de toda aquela
situação e não me lembrasse o meu passado.
Quando ergui a cabeça o assunto já não era “Sílvia e
Vasco”. Apesar de não querer, a tentação era mais forte. Olhei para o meio da
pista. O Guilherme estava no meio de duas raparigas a dançar de olhos fechados
e de mãos erguidas enquanto sorria. Fui percorrida por uma onda de raiva,
substituída por uma tontura.
Alguém me segurava no braço. Era a Sam.
- Estás bem? Quase que caías. Talvez fosse melhor parar
de beberes.
- Eu vou ficar bem – sorri.
Tirei o telemóvel da pochete e lá estava uma SMS do
Romeo.
De: Romeo
Enviado a: domingo, 20 de novembro de 2011 01:49
Falei com o meu patrão.
Vou já para aí.
Voltei a sorrir.
- Bem meninos, vou ter de ir.
Ia beber, mas a Sam tirou-me o copo. Entregou-o ao
Gabriel. Afastou-nos do pequeno grupo.
- Vais ter com o Romeo, não vais?
- Ele vai levar-me a casa.
- Só levar-te?
- Sabes melhor do que ninguém como é que eu lido com
esses assuntos.
- Estás bêbada e não quero que faças nada que depois te
arrependas.
- Não és tu que dizes que tenho 20 anos? Minha nossa
Sam, vive a vida. – Sorri.
A Sam fitou-me boquiaberta. Dei-lhe um beijo na
bochecha e dirigi-me para a saída. A Sam seguiu-me.
- Estas a ir para as casas de banho.
Ambas fizemos uma careta seguida por gargalhadas.
- Achas que eles ainda lá estão? – perguntei.
- Sinceramente, não quero saber. Desde que a Sílvia
ande com rapazes solteiros, por mim está tudo bem.
Fomos buscar o meu casaco e paguei a minha conta.
Dei-lhe um abraço e despedi-me dela. A Sam não precisava de dizer nada para ver
a sua preocupação estampada na cara.
Entreguei o meu cartão de consumo e saí.
Estava fresco. Apertei o casaco, apesar de gostar de
sentir a brisa na cara.
Na entrada, algumas pessoas esperavam para entrar,
outras conversavam. O segurança não parava de olhar para um grupo de rapazes
que fumava a um canto e falava demasiado alto. Apertei a minha pochete contra o
meu peito e encostei-me à parede, o mais perto do segurança.
Senti um arrepio na nuca ao ouvir a moto do Romeo a
chegar. Ele parou à minha frente. Caminhei na sua direção o mais rápido que os
meus sapatos permitiam. O Romeo tirou o capacete e fitou-me preocupado de cima
a baixo. O seu olhar parou nos meus pequenos passos tortos. Eu sorria para ele.
O nosso olhar encontrou-se. Passou com a ponta da língua no piercing. Dei
passos mais rápidos. Parecia que nunca mais chegava ao meu destino.
- O que é que aconteceu? Que SMS foi aquela? Sabes o
quanto estou preocupado contigo?
Finalmente cheguei até o Romeo e atirei-me para o seu
colo. Não sei de onde veio toda aquela coragem ou necessidade, mas beijei-o.
Suavemente de início, mas depois com urgência. Como se tivesse medo que ele
fugisse. Com as duas mãos segurou o meu rosto e tomou o controlo do beijo.
Puxei a sua nuca de encontro a mim. Explorou com a língua cada canto da minha
boca, até ambos ficarmos sem fôlego.
Sem tirar as mãos do meu rosto, perguntou-me:
- O que é que aconteceu ao quinto encontro?
- Está a começar.
(…)
XOX
- Catarina Ferreira