Entrevista no Bloco de Devaneios
Para quem quiser ler a entrevista na
integra, visitem o blog:
Como surgiu a escrita na
tua vida?
Escrever já fazia parte da minha
vida. Desde que recebi o meu primeiro diário que tenho esse hábito. Sempre que
necessitava, escrevia para mim. Nunca me passou pela cabeça escrever para
outros. Até um certo dia, quando estava a ver uma série (se não me engano As
Donas de Casa Desesperadas) em que as personagens, adultas e já com uma vida
dita estável, face a alguns obstáculos tinham emoções de adolescentes. O que me
levou a perguntar a mim mesma: Se com 40 anos as mulheres têm emoções de
adolescente, como seria uma jovem adulta sentir o sabor da traição? Algum tempo
depois, tinha um manuscrito nas mãos.
O que é que te levou a
escrever este livro?
Face à resposta positiva do
primeiro livro, decidi continuar a sequela. Mudei as personagens secundárias
para principais. Novamente, perguntei a mim própria: Como seria deixar alguém
entrar na nossa vida completamente diferente da relação anterior?
Quais foram as tuas
referências e inspirações enquanto o escrevias?
Bullying. As marcas deixadas após
vítimas de humilhação pública. Inspirei-me em pessoas como Carl Walker e Amanda
Todd, que infelizmente já não se encontram entre nós, vítimas de bullying e
cyber bullying respetivamente.
Identificas-te em alguma
das tuas personagens? E tens alguma que te é mais querida?
Enquanto descrevia as
personagens, tive sempre o cuidado de não haver semelhanças entre mim e elas.
Nem ninguém próximo de mim.
Quanto a personagens queridas,
tenho a Samanta e o Gabriel porque foram as primeiras nesta minha jornada. Mas a
Lídia e o Guilherme não ficam atrás. Também não posso ignorar o Matias, o Vasco,
o Samuel, a Virgínia, a Cármen…oh, isto é mais difícil do que eu pensava. São
todas queridas!
Tens alguns hábitos
“estranhos” enquanto escreves?
Tudo depende do meu humor, da
minha disposição. Há dias que me apetece escrever no computador, outras num
caderno de rascunho que acompanha-me sempre ou no telemóvel. Por vezes prefiro
estar em silêncio e sozinha. Na maior parte das vezes ouço música, estando
sozinha ou acompanhada.
Qual é que achas que é o
público-alvo do teu livro?
Sinceramente, de início o meu
público-alvo era adolescentes/jovens adultos. Mas, é do meu conhecimento, que a
maior parte dos leitores são da faixa dos 30.
Os teus livros têm sido
publicados em formato ebook. Achas que esta escolha influência o teu público
alvo e te impede de ir “mais além”?
Em Portugal, são muitas as
pessoas que me dizem por ser em formato e-book não o lêem. Por sua vez, uma das
vantagens de ter vendido em e-book são as livrarias online de diversos países.
Por exemplo, tive um grande feedback de leitores brasileiros. No entanto, tenho
a perfeita noção de que se estivesse em livrarias tradicionais, o público de
Portugal aderia mais.
Que importância atribuis à
blogosfera literária?
Numa escala de 1 a 5, sendo 1
nada e 5 bastante, atribuo 5. Para uma escritora amadora como eu, que publica em
formato electrónico, os blogs têm uma grande influência para possíveis leitores.
Considero um pilar. Como leitora, já não é a primeira vez que compro um livro
graças a uma opinião.
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