Excerto de Amor Ingénuo/ Excerpt of Amor Ingénuo
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PT: Versão Portuguesa ENG: English Version
Queridos
Leitores/ Dear
Readers,
PT: Desta vez trago-vos um excerto do
meu primeiro livro Amor Ingénuo. Encontrei este desenho na internet que me fez
recordar uma pequena similaridade na minha primeira história e decidi partilhar
convosco. Se quiserem ler os primeiros capítulos ou comprar, aqui fica o link: Esta é a história de Samanta.
ENG: This time I bring you an excerpt of my first book Amor Ingénuo. I
found this image online that reminded me a little similarity of a scene on my
first story, so I decided to share with you. Due to editorial rights, I can’t
translate to English or even publish in English, but you always have google
translator in case you’re curious. This is Samanta’s Story.
A
conversa começou a melhorar. Pedimos para sobremesa Profiteroles, tomamos café e passeamos à beira rio.
Sentamo-nos
num dos bancos.
-
Isto é magnífico à noite! – comentei num suspiro. Adoro a vista da Ribeira e
atrás as iluminações do Porto ao som natural do rio.
- Eu
prefiro a praia. Principalmente ao pôr-do-sol. Do meu quarto consigo ver.
- Oh,
que inveja – disse ao dar-lhe uma palmada suave no ombro.
Voltou
a rir.
- Se
quiseres podes ir ver, a entrada é livre.
-
Olha que eu aceito.
-
Espero bem que sim – Sorriu.
Ele
estava com o rosto próximo do meu. Mas, mesmo sentado, fica sempre mais alto do
que eu. Começou a baixar o rosto de encontro ao meu, mas desviei rapidamente e
olhei para a frente.
Mas o
que é que eu acabei de fazer? Covarde.
- Quantos
quartos tem a tua casa? – perguntei de olhos fechados, arrependida do que tinha
acabado de fazer.
-
Quatro. Ficam todos no primeiro andar, mas só dois é que têm vista para o mar.
Inclinou-se
para a frente e apoiou os cotovelos nos joelhos, juntou as mãos
entrelaçando-as.
Será
que o Mat tem razão? Ele não vai descansar enquanto me tiver? Será que ele
mentiu-me em relação a não voltar a ver mais a ex-namorada?
Tarde
demais para pensar nisso agora, eu disse-lhe que dava uma segunda oportunidade.
Tenho de confiar nele. Aprender a confiar nele.
Só espero é não ser mais uma na lista dele, na
grande lista dele.
-
Podemos ir para o carro? Estou a começar a ficar com frio. – Cruzei os braços.
- Que
não seja por isso. – Rodeou-me com os braços. Se antes estava próximo, agora
estava a milímetros do meu rosto.
Engoli
em seco e os meus pelos da nuca eriçaram. Ele apenas abraçou-me.
Desviei-me
e encostei a minha face ao seu rosto com barba feita. Sentia o cheiro do
aftershave. Apetecia-me enroscar-me no seu rosto. Fechei os olhos e saboreei o
momento.
-
Está melhor assim? - sussurrou-me suavemente ao ouvido.
-
Hum-hum.
Senti
a retirar as mãos das minhas costas. Afastou-me de si, colocou as mãos no meu
rosto e beijou-me.
Todos
dizem que melhor do que o primeiro beijo entre um casal, é o olhar que trocam
antes. É sentir o dobro da emoção. No meu caso, nem sequer houve a troca de
olhares com o Gabriel ao beijar-me. Também não posso queixar, sempre que ele se
aproximava vagarosamente eu desviava-me.
De início o beijo foi suave, depois ele
reclamava a minha boca. Aí está a explicação para serem tantas as raparigas que
não largam a sua teia.
Afastou-se
dos meus lábios. Tinha mesmo de terminar?
Abri
os olhos. Parecia que tudo andava à roda.
Observava-me
maliciosamente ainda com as mãos a segurar o meu rosto. Suavemente passou o
polegar pelos meus lábios.
-
Ainda sentes frio?
XOX
-
Catarina Ferreira
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